terça-feira, 5 de outubro de 2010

Santa Teresa - Rio de Janeiro

Bom dia pessoal! Fui fazer um curso de travel writer no Rio de Janeiro ministrado pelo Sr Zizo Asnis, autor de O Viajante, e no curso tínhamos que fazer um mini guia de um bairro voltado para um público específico. Meu grupo decidiu por Santa Teresa e o nosso público eram os mochileiros. Achei que o guia ficou bem interessante, e eu adorei Santa Teresa, foi a primeira vez que estive por lá. Acho que mesmo que vc não seja um mochileiro as dicas de Santa Teresa vão te ajudar a planejar uma visita bacana.

SANTA TERESA PARA VIAJANTES ECONÔMICOS


Apresentação

Por seu grande apelo turístico, o Rio de Janeiro é tido como um destino caro.
Porém, o viajante que chega na cidade com pouco dinheiro e disposto a
economizar encontra alternativas bem acessíveis. Um dos lugares mais indicados
para quem segue esse perfil mais econômico é o bairro de Santa Teresa, que tem
boas opções de atrações baratas e até mesmo gratuitas. A região conta com
diversas manifestações culturais ao longo de suas ruas e ladeiras, além de
oferecer uma diversidade gastronômica e de lojinhas de artesanato.
O bairro de Santa Teresa surgiu a partir do Convento de Santa Teresa no século
XVIII. Foi inicialmente habitado por pessoas de classe alta. Em conseqüência dos
novos habitantes, surgiram casarões e mansões inspirados na arquitetura
francesa. Além disso, o bairro recebeu muitos imigrantes espanhóis. O famoso
bondinho de Santa Teresa, o maior atrativo do bairro, surgiu em 1872, e hoje é a
única linha de bondes que ainda funciona no Rio de Janeiro. Por ser um bairro
pequeno, possui uma atmosfera única e acolhedora para o viajante. Quem visita a
cidade não pode deixar de curtir um bairro tão peculiar.

Orientação urbana

O bairro de Santa Teresa é rodeado por ladeiras que o ligam a diversos bairros
como a Lapa, Laranjeiras, Glória, Bairro de Fátima, Catumbi, Cosme Velho e Rio
Comprido. Na parte mais alta há ligação terrestre com o Parque Nacional da
Tijuca e o morro do Corcovado. O acesso ao bairro é feito por meio de táxi,
ônibus, bonde ou mesmo a pé, para quem tem mais disposição. Dos veículos, o
bonde é a forma mais econômica. Uma vez no bairro, a melhor forma de
aproveitar os atrativos locais é caminhando. Separe algumas horas para
contemplar as construções históricas, observar o vai e vem dos bondes e a rotina
dos habitantes locais. Os moradores de Santa Tereza não se localizam pelos
nomes das ruas e sim pelos lugares, utilizando como pontos de referência,
principalmente os bares e restaurantes.

Informações e serviços
Não se pode contar com o centro de informações turísticas de Santa Tereza, que
fica ao lado do cinema, uma vez que seus horários de funcionamento são
duvidosos. Para se informar sobre o bairro recomenda-se o Centro de
Informações que fica na saída do Bondinho da Estação do Metrô Carioca.
Bancos - Há um caixa eletrônico, 24 horas, no Cinema do Bairro.
Postos de saúde- Não há posto de saúde no bairro, sendo o mais próximo , o que
fica no Centro. Posto médico da chefia da policia Civil, Rua da Relação, 3.

Mercados - Mercearia Hivin, ao lado do Restaurante Sobrenatural. É um pequeno
mercado, onde se encontra todos or artigos necessários ao viajante, além de uma
boa oferta de frutas, verduras e legumes. Todos a bons preços.
Mercearia da Fatinha – Menor que a Mercearia Hivin, localizada a 100 mts do Bar
do Gomes, onde se vende bebidas, artigos higiênicos e enlatados em geral.

Internet- Jasmim Manga Cyber Café. Rua Paschoal Carlos Magno, 143. Largo
dos Guimaraes. Tel: 22422605. Segunda sábado, exceto terça de 10h às 22h e
domingo de 9h às 22h.

Comes e bebes

Em Santa Tereza é possível encontrar os mais variados tipos de lugares para
comer e beber Atendendo desde boêmios, artistas, até gringos e locais, Santa
Teresa pode agradar a gregos e troianos.

Bar do Mineiro- É conhecido por ter a uma das melhores feijoadas do Rio de
janeiro, a R$40,00 para duas pessoas. Em segundo lugar, fica a carne seca com
abóbora, por R$48,00 para duas pessoas. Por ser bem no centro de Santa
Teresa, é passagem obrigatória de muitos jovens antes de irem para qualquer
lugar. Sempre lotado, é preciso ter paciência, na hora de ser atendido. Às vezes,
pode demorar, mais do que os clientes gostariam, no entanto, a atmosfera cheia
de vibração do local faz com que, logo em seguida, todos se esqueçam do tempo.
Para petiscar junto a Cerveja, R$5,00, recomenda-se o pastel de feijão, 18 minipasteis
a R$16,00 e a lingüiça mineira, generosa porção por R$28,00. Terça a
Domingo, das 11h até as 2h. Aceita todos os cartões. Rua Paschoal Carlos
Magno,99.

Bar do Gomes- (Armazém São Thiago) Fundado por Seu Gomes e funcionando
desde 1919 como uma mercearia, em 2005 se transformou exclusivamente em
Bar. Em 2007 foi condecorado pela Brahma, uma das maiores fabricantes de
cerveja do país, como o melhor ponto de venda de Chopp do Brasil, R$4,00.
O bar atrai toda a gente de Santa Teresa por ter a cerveja mais barata do bairro:
uma garrafa de Antartica, 600 ml, a R$4,20. Além da cerveja, é possível encontrar
todos os tipos de vinhos, brasileiro, chileno, argentino e português, desde a
caneca por R$4,00 até garrafas de R$150,00. Para os que apreciam a cachaça
nacional, os preços também variam entre R$6,00 e R$45,00, a dose.
Para comer, os mais pedidos são o bolinho de bacalhau, unidade R$2,50, a
Porpeta, uma espécie de almôndega por R$3,00, a unidade, e croquete pelo
mesmo valor. Sanduiche de mortadela por R$8,50, além de diversas opçõesde
frios, como presunto parma, copa, entre outros. Aberto todos os dias, a partir de
12h, sem hora pra fechar. Aceita todos os cartões.
Rua Aurea, 26.

Restaurante Sobrenatural- Especializado em frutos do mar é uma boa pedida
para desfrutar o clima de Santa Teresa com muito relax. Os pratos mais pedidos
são as moquecas de peixe, desde R$60,00 a R$85,00 para duas pessoas. Aberto
todos os dias de 12h até ãs 20h. Rua Aceita Mastercard e Visa.Rua Almirante
Alexandre, 432.

Acomodações

Pode ser difícil encontrar um albergue ou pousada em Santa Tereza. Com placas
pequenas ou, ãs vezes, sem elas, só se descobre que casarões antigos
funcionam como hospedagem, informando-se, previamente. Os próprios
moradores do bairro não sabem informar muito bem sobre os locais que abrigam
mochileiros.

Rio Hostel- O albergue do bairro mais conhecido entre os mochileiros. O seu bar
aberto ao público atrai todos os jovens do local. A grande piscina também é um
diferencial. Há uma loja de CDs. Segurança 24h. Conta com domitórios a
R$37,00 e quartos privados. Quarto de solteiro com banheiro compartilhado a R$
90,00 e quartos duplos a R$ 120,00. Rua Joaquim Murtinho, 361. Tel: (21)
22246903, (21)38520827. www.riohostel.com

Casa Aurea- Funcionam como Bed and Breakfast, em uma casa antiga do Bairro.
É indicada pelos moradores, mas certifique-se de que esteja em funcionamento.
As informações da Internet nem sempre condizem com a realidade. Preços
variados de acordo com sites de hospedagem, a partir de R$120,00. Suites com
banheiro e ar condicionado.Churrasqueira e Salão de Jogos. Internet grátis. Rua
Aurea, 80. Tel: (21) 22425830. www.casaaurea.com.br

Terra Brasilis Hostel- De todos os albergues da região é o que desponta pelo
preço. Dormitório a R$25,00 (baixa temporada) e R$35,00 (alta temporada). A
vista também é o forte. Internet Wi-fi, lavanderia. Dormitório, R$35. Suíte
R$130,00 e Quarto com banheiro externo, R$120,00. Pacotes para Carnaval e
Reveillon, com preços a partir de R$ 400,00 até R$2.000,00. Rua Murtinho Nobre,
156. Tel: 22240952. www.terrabrasilis.com

Atrações

- Museu Chácara do Céu. Entrada no final da rua Murtinho Nobre, 93. Para quem
vem de bonde, saltar na estação do Curvelo, caminhar pela rua Dias de Barros e
dobrar na primeira esquerda. Funciona de segunda à sexta, exceto às terçasfeiras,
das 12h às 17h. A entrada é franca às quartas-feiras. Menores de 12 anos,
pessoas com mais de 65 anos e grupos escolares tem gratuidade. Permite uma
vista de 360 graus pela Baia de Guanabara. O museu é uma residência
modernista, em estilo cubista, com amplos jardins. Lá, destacam-se originais de
obras feitos por artistas que estiveram no Brasil na primeira metade do século 19,
incluindo quase 500 originais de Jean-Baptiste Debret, obras de Miró e Matisse.
Também há vários exemplares de Arte Moderna Brasileira, Arte Européia do
século 19 e 20, mobiliários, Arte Decorativa e Arte Popular Brasileira. Informações
de preço no local. Site Incompleto.

- Cinema. Ao lado da estação do Bondinho no Largo dos Guimarães fica a Sala
de Cinema de Santa Teresa. A maioria dos filmes são cults, independentes ou
filmes brasileiros. Como há apenas uma sala, os filmes se revezam nas sessões
de 15h, 17h, 19h e 21h. A entrada inteira de segunda a sexta-feira custa R$ 12.
Sábados,domingos e feriados custa R$ 14. Para moradores do Rio o custo é de
R$ 6.

- Passeio de bonde. Símbolo de uma época romântica e tombado como
patrimônio histórico, é o único veículo deste tipo que ainda circula na cidade. Sai da
Lélio Gama, esquina com a Senador Dantas, no Centro da cidade, passa pelos
Arcos da Lapa e percorre praticamente todo o bairro de Santa Teresa. Funciona
diariamente, das 7h às 21h30min, com frequência de 30 em 30 minutos. Custa
0,60 centavos, costuma estar sempre cheio. Longe de ser o meio mais prático de
conhecer o bairro, é sem dúvida o mais prazeroso, pois a vista é recompensadora
e propicia uma outra visão da Cidade Maravilhosa.

- Parque das ruínas. Fica na rua Murtinho Nobre, 169, no caminho para o Museu
Chácara do Céu. O Parque das Ruínas foi inicialmente a casa de Laurinda Santos
Lobo, que dava muitas festas para artistas e intelectuais, e, inclusive Villa-Lobos
tocou por lá. Hoje, é palco de uma vista estonteante do centro da cidade e da orla
do Rio. A entrada é grátis. Funciona todos os dias das 8h às 18h. Aos sábados e
domingos, porém, conta com apresentações de teatro que vão das 18 horas às
20h. É bom se ater ao horário pois, na hora em que a peça começa os portões do
parque são fechados, e só são reabertos no fim da peça! Ninguém entra, ninguém
sai.

- Convento de Santa Teresa. Em uma das pontas do bairro fica localizado o
Convento de Santa Teresa. Ele foi construído no Morro do Desterro pelo
governador Gomes Freire de Andrade e doado às freiras Carmelitas Descalças,
suas protegidas. Naquele momento passou a se chamar Santa Teresa. A fachada
possui uma torre sineira entre a igreja e as habitações conventuais. No final do
século XVIII foi colocada na portaria do Convento uma série de azulejos brancos e
azuis trazidos de Portugal, além de três altares de talha em estilo rococó. No
convento estão enterrados Gomes Freire de Andrade, e Alpoim, o arquiteto do
Convento.

Compras

- A principal concentração de lojinhas de artesanato fica na rua Almirante
Alexandrino. O bairro valoriza muito o trabalho dos artistas locais e há boas
opções tanto para quem curte algo mais alternativo quanto para os que buscam os
clássicos souvenirs. É possível encontrar presentes para todos os bolsos e tipos:
peças de tricô, camisas personalizadas, pinturas, esculturas e miniaturas. Dois
lugares com uma variedade maior de produtos são a La Vereda e a Zambê,
localizadas nos números 428 e 402, respectivamente. Lugar tradicional para
compra de livros sobre o bairro e outros temas ligados ao Rio é o Largo das
Letras, número 501. Além do interesse literário, é um espaço propício para tomar
um café e descansar.

Box de curiosidade

- Além do bonde, uma forma interessante de chegar em Santa Teresa é através
da Escadaria Selarón, que tem seu início na Lapa, ao lado da Sala Cecília
Meireles, acesso pela rua Joaquim Silva. Os 215 degraus são uma obra de arte
sob os pés daqueles que sobem em direção ao Convento. Toda a escadaria é
formada por cacos de azulejos ou peças inteiras, vindos de diversos lugares do
mundo, onde predominam o verde, azul e amarelo, cores da bandeira brasileira. O
autor da composição é o pintor chileno Jorge Selarón, que mora em uma das
casas do local. Percebendo a sujeira e a péssima conservação dos degraus,
Selarón escolheu uma forma original de renovar o local e homenagear o povo
brasileiro à época da Copa do Mundo de 1994. O cenário já foi utilizado em
diversos comerciais, filmes e até clipes internacionais. O chileno considera o seu
trabalho como uma obra viva e dinâmica, já que novas peças de azulejos são
freqüentemente acrescentadas ou movidas de lugar. Segundo o próprio, o
trabalho só será considerado finalizado no seu último dia de vida


Grupo que realizou o trabalho do Guia de Santa Teresa acima:
Rafael Cardoso
Vyvianni Pedrosa
Juliany de Fátima Fonseca
Márcia Mendel